IBeGI

07/01/2013 POR: FABIO CANDEIAS

Marcus Evans, produtora e organizadora do evento, conseguiu reunir grandes destaques do mercado para a apresentação e desenvolvimento das palestras, além de admitir cerca de 25 privilegiados altamente especializados na área de gestão de riscos de crédito, que contribuíram ativamente para o sucesso e aprofundamento das discussões e análises realizadas.

O sucesso do evento se deveu, também, ao apoio da Associação Brasileira de Custos (ABC), da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), da LEC (Legal, Ethics and Compliance) e do IBeGI (Instituto Brasileiro de estudos e Gestão da Inadimplência).

Iniciou e conduziu de forma brilhante a programação do primeiro dia o diretor de relações institucionais e membro do conselho editorial do IBeGI, Valdir de Oliveira Neves, que introduziu os desafios enfrentados no novo panorama brasileiro, com juros mais baixos e aumento da inadimplência.

O Vice Presidente Executivo – Riscos de Crédito e Mercado, do Santander Brasil, Oscar Rodriguez Herrero, explicou com muita clareza porque o Brasil vive um bom momento financeiro e qual devem ser as preocupações dos bancos ao conceder crédito, vez a crescente inadimplência hoje verificada. Assim, apresentou algumas soluções e alterações estruturais necessárias ao Brasil e para o desenvolvimento de sua economia.

Em seguida, Wagner Aguado, Diretor Executivo da Alelo, apresentou o profissional de crédito como um aliado da empresa na geração de resultados financeiros positivos, ao tratar o crédito como uma verdadeira área de negócios, que deve se utilizar de técnicas, estratégias, especialização e, além das experiências, desenvolver e criar novas tendências e maneiras de trabalhar.

Na palestra posterior, Victor Loyola, Diretor Executivo de Crédito do Citibank, embasado na sua grande experiência, trouxe alternativas existentes que suprem, de certa forma, a ausência de cadastro positivo no Brasil para uma análise minuciosa de crédito. Além de demonstrar a necessidade de se encarar o grande desafio da concessão de crédito no cenário brasileiro de mudança, dadas as informações disponibilizadas aos bancos, sendo mantidos custos adequados.

Ricardo Batista, Superintendente de Risco de Crédito Corporativo do Tribanco, demonstrou como a experiência do Tribanco (banco do Grupo Martins) se utiliza do conhecimento que possui de seus clientes para estabelecer um saudável relacionamento de crédito para com eles, visando, sempre, mitigar o risco da inadimplência.

O quadro de discussões vespertino se iniciou com o advogado Renan Ferraciolli, Assessor Chefe da Fundação Procon-SP, que apresentou o posicionamento da instituição com relação à concessão de crédito e a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, além de tratar resumidamente do Programa de Apoio ao Superendividado (PAS).

A sexta apresentação do dia foi ministrada por Caio Fonseca Ferreira, Consultor do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil, que discorreu a respeito dos principais ordenamentos estabelecidos em Basiléia II e III, e a maneira como são e serão aplicados na legislação brasileira.

A palestra de encerramento do primeiro dia ficou a cargo de Luis Alexandre Almeida, que trabalhou na Coordenadoria de Crédito, Prevenção e Cobrança da VRG Linhas Áreas S.A. – Grupo GOL. O palestrante apresentou a relevância das vendas por meio do e-commerce e como é fundamental acompanhar as demonstrações de alterações do mercado consumidor. Expôs, também, que com base nas informações geradas pelos sistemas do grupo foi possível gerar modelos de crédito bastante relevantes.

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O segundo dia de palestras e discussões teve a excelente condução por parte do sócio diretor da Artesanal Investimentos, Alexandre José Chaia, sendo o Diretor Financeiro do Grupo Ibmec Educacional, João Seixas, o responsável pela iniciação dos trabalhos. O expositor trouxe a experiência da análise de riscos de crédito na área de prestação de serviços educacionais. Apresentou como minimizar a inadimplência, ao desenvolver junto com o departamento jurídico, de cobranças e de vendas as melhores maneiras de se estruturar no mercado educacional.

Ana Carla Abrão Costa, Diretora de Modelagem e Pesquisa do Itaú Unibanco, com muita eloquência, desenvolveu a palestra a respeito da modelagem de crédito no Brasil, levando em consideração a recente evolução do crédito e os desafios a se enfrentar no futuro. Tratou da expansão de crédito observada nos últimos 10 anos, do aumento do prazo para pagamento, do crescente comprometimento da renda, da maior participação dos bancos públicos na concessão de crédito, dos desafios de se adaptar e modelar em cenários de grandes mudanças, além de pontuar Basiléia II e III.

Responsável pela área de modelagem da Cyrela, Ana Campos, apresentou alguns dados relevantes relativos ao mercado imobiliário brasileiro e, em seguida, a palestrante, de forma bastante clara e objetiva, explanou sobre o desenvolvimento de um credit score e pontuou os principais desafios a serem enfrentados.

No início da tarde, Marcelo Alexandre B. Ferreira, atuante na Superintendência de Gestão de Cobrança da Cetelem BGN, apresentou a forma com que a empresa lida com o crédito concedido, bem como desenvolveu os diversos planos de incentivo destinados aos colaboradores da área de cobrança da empresa.

Alexandre José Chaia, sócio diretor da Artesanal Investimentos, tratou de alguns dos principais objetivos dos modelos de precificação, quais sejam, diferenciar o preço do risco por cliente e cobrir os custos do crédito.

No momento seguinte, Paulo Santos, Diretor de Crédito e Cobrança das Casas Bahia – Via Varejo, juntamente com o professor Luiz Roberto do Nascimentos, Diretor do Comitê de Controladoria da ANEFAC e Marcelo Alexandre B. Ferreira, da Cetelem BGN, compuseram a mesa para uma rica e abrangente discussão e compartilhamento das experiências relativas à concessão de crédito, e os desafios enfrentados pelos segmentos empresariais que representam.

Para encerrar o clico de palestras, Emílio Augusto Vieira, Executivo de Risco das Lojas Marisa, apresentou que a elevação do lucro, o aumento do caixa, a diminuição das perdas e a satisfação dos clientes são os objetivos da área de cobrança. Expôs que o esforço da cobrança deve ser utilizado de forma inteligente, com a aplicação de tecnologia e sempre em busca da redução de custos. Por fim, defendeu a concessão de crédito de qualidade, o desenvolvimento de sistemas e pessoas qualificados, bem como o conhecimento do mercado e do seu cliente diariamente.

Assim discorreu de maneira grandiosa a conferência “A Evolução na Gestão de Riscos de Crédito”, agregando satisfatoriamente a todos os participantes conhecimento, experiências e ampliação das relações comerciais.